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THRIF: lançamento do EP Liberate

THRIF – The Human Race é Filth é um duo de York, Pensilvânia, infundindo elementos sujos do sludge, doom, crust, d-beat e grindcore na sua forma de música. Os dois membros, Kasey e Paul, lançaram uma série de materiais e tocaram em vários shows com suas outras bandas, Bittered, Police State e Mans Plague nos últimos anos. O EP de estreia do THRIF, “Human Exposed”, foi o sétimo lançamento deles em um período de apenas dois anos. Além disso, Paul lançou um álbum de sua outra banda Exterminance em 2016 via Lost Apparitions Records.

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O EP de estreia do THRIF, “Human Exposed”, foi lançado em dezembro de forma independente, e este EP, contendo 5 faixas de doomy grindcore, recebeu elogios de muitos meios de comunicação, incluindo Decibel e Metal Injection.

O THRIF continua exibindo sua hostilidade contra todos os tipos de injustiças sociais, atividades imorais de policiais e figuras autoritárias através do próximo lançamento “Liberate”, um EP contendo 8 músicas de um sludge/grindcore corrosivo e destruidor. A dupla oferece profanamente overdoses letais de riffs discordantes e traumatizantes, vocais raivosos asquerosos e bateria desencadeando batidas desintegradoras. Se o ritmo escolhe o caminho lento e espesso do sludge ou a rota de rápida grind, a atmosfera destrutiva de sua música continua regurgitando.

Assim como o EP de estreia, o “Liberate” foi gravado (em cerca de 07 horas) no Oblivion Studios, onde foram lançados lançamentos dos Pulling Teeth, Agoraphobic Nosebleed, Pig Destroyer, Deceased e muitos outros.


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Tracklist:

01 – Native Biological Warfare
02 – Burning The Swines
03 – Vein Full
04 – Hung By Illusion
05 – Capital Torture
06 – Chain Game
07 – Slow March
08 – Concrete Soldier

resenha / review

Wake – Misery Rites

Este mês marca o retorno da Wake, legião canadense de Grindcore que lançará seu quarto álbum de estúdio chamado Misery Rites via Translation Loss Records.

A banda sempre desenvolveu uma sonoridade que consegue captar toda a brutalidade e agressão do gênero em combinação com uma atmosfera sombria e horripilante que se manifesta à todo instante. E em Misery Rites, a Wake segue demonstrando a qualidade habitual que fez a banda ser apreciada e elogiada ao longo de sua trajetória.

O Grindcore às vezes pode não ser algo tão interessante para aqueles que preferem um tipo de música com mais variáveis, levando em consideração a forma abrasiva e direta que a maioria das bandas abordam o estilo. E por mais que você possa encontrar essas características na Wake, é justamente a capacidade de apresentar nuances variadas que transformam a sua música em algo mais interessante de se escutar.

E nesse ponto, faixas como ‘Exhumation’, ‘Paradigm Lost’ e ‘Burial Ground’ são aquelas que mais incorporam essa amplitude do grupo. O ritmo troca os padrões acelerados e caminha por algo mais arrastado, mas sem deixar a intensidade de lado. São passagens em que a banda coloca o pé no freio, utiliza melhor elementos de outros estilos, mas segue desencadeando uma ode ao caos. As guitarras apresentam uma certa dissonância em algumas partes e também seguem linhas mais técnicas, que se intercalam com os riffs capazes de derreter seu rosto distribuídos sem piedade.

Mas se você quiser olhar apenas para o lado mais visceral da Wake, faixas como ‘Misery Rites’, ‘Embers’ e ‘Rumination’, trazem tudo aquilo que você poderia esperar de um bom álbum do estilo. Ritmos hiper acelerados e cataclismicos te lançam contra um muro sonoro de pura devastação, com o vocalista Kyle Ball entregando uma série de berros grotescos e que conseguem canalizar a mesma sensação que emana do instrumental perturbador e cáustico. E ainda devo dizer que o vocalista das bandas Primitive Man e Vermin Womb faz uma participação no álbum.

Em Misery Rites, a Wake novamente não desperdiça um segundo sequer e desencadeia uma fúria inigualável ao longo das nove faixas, mas sem abrir mão de criar composições mais elaboradas e ser criativa. É uma experiência que eu recomendaria à todos que apreciam Grindcore ou até mesmo aqueles que não mergulharam tanto nesse tipo de som e querem fazer uma nova tentativa.

 

resenha / review

THE BODY & FULL OF HELL – ASCENDING A MOUNTAIN OF HEAVY LIGHT

Ascending a Mountain of Heavy Light foi lançado no dia 17 de Novembro via Thrill Jockey Records e é o segundo álbum colaborativo entre as bandas The Body e Full of Hell.

Eu possuo uma grande admiração por ambas as bandas e gostei do resultado do primeiro álbum colaborativo entre elas. Ascending a Mountain of Heavy Light soa como uma continuação melhor elaborada, ele consegue te jogar num ambiente repleto de estranheza, sonoridades indigestas e perturbadoras, mas por alguma razão minha mente se sentiu à vontade no meio de tantas distorções e texturas nada convencionais.

E esse álbum realmente capta o conceito de colaboração, não é apenas uma série de retalhos tirados de cada uma das bandas. Por mais experimental que a sonoridade possa ser, você consegue perceber como as bandas conseguiram trabalhar uma série de ideias dentro do contexto do álbum. E mesmo que a Full of Hell seja aberta a experimentações e possuir algumas faixas que se aproximem de algo que você encontrará em Ascending a Mountain of Heavy Light, é a The Body que mais se assemelha ao tipo de sonoridade criada nele.

Há uma chuva de sintetizadores, exploração de subgêneros da música industrial e eletrônica, com batidas desconcertantes sendo guiadas pelos vocais insanos dos membros de ambas as bandas, como encontrado nas faixas “Didn’t the Night End” e “Our Love Conducted with Shields Aloft”.

A constante sensação de desespero capaz de te deixar com a guarda abaixada e desorientado, culmina em faixas com tendências mais agressivas e impactantes como a brutal “Earth is a Cage” e o pesadelo hipnótico de “Master’s Story”. Ambas as faixas são meus destaques do álbum ao lado da melancólica e sombria “Farewell, Man”.

Ascending a Mountain of Heavy Light não é um álbum simples e nem algo que eu recomendaria para aqueles que desejam encontrar lapsos individuais do que a The Body e a Full of Hell fazem regularmente em suas discografias. É um junção de ideias que resultou num álbum completamente experimental e fora da curva, indicado para aqueles que se identificam com esse tipo de proposta.

OFF · resenha / review

Full of Hell – Trumpeting Ecstasy

a0598543727_16Aqueles familiarizados com a música feita pela banda americana Full of Hell, já sabem o que esperar do novo álbum Trumpeting Ecstasy. Na ativa desde 2009, a banda se tornou notável pela devastação sonora que é capaz de criar combinando o Grindcore com o metal extremo, além de elementos do Sludge e Crust, além das colaborações com Merzbow e The Body que ajudaram a banda atingir uma nova parcela do público.

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